Tempo de leitura: 12 minutos
O primeiro artigo do nosso blog não poderia ser outro que não este. Ao longo deste artigo não vou responder apenas à questão óbvia: o que é SEO (Search Engine Optimization)? Mas vou mais longe e vou também mostrar-lhe o que não é, nem deve ser SEO. Neste artigo vamos abordar:
Vivemos uma verdadeira corrida à “digitalização” e os negócios que estiverem melhor preparados para fazer face aos novos desafios desta era Digital terão uma grande vantagem. Saber o que é SEO é indispensável para qualquer pessoa que pretende alcançar uma presença relevante no mundo online.
Pessoalmente, recomendo que qualquer pessoa que esteja a dar os primeiros passos no Marketing Digital comece exatamente por ler um pouco sobre SEO. Não necessariamente para se tornar num perito sobre o assunto, mas pelo menos para que possa ter uma ideia mais concreta relativamente ao funcionamento dos motores de pesquisa e às melhores formas de obter tráfego orgânico.
Como vamos ver mais à frente, a aposta no SEO é de longe aquela que pode proporcionar resultados mais efetivos no contexto do Marketing Digital. Isto, porque contrariamente ao que acontece com o recurso a plataformas de anúncios pagos (como o Facebook Ads ou o Google Ads), o grande foco aqui, é aumentar o volume de tráfego orgânico recebido. E este tráfego é gratuito e (quando o conteúdo é bem trabalhado) de alta qualidade, o que faz toda a diferença!
Vamos então avançar e, passo a passo, explicar tudo aquilo que precisa de saber.

O que significa SEO?
Vamos começar pelo essencial, como referi acima “SEO” significa Search Engine Optimization, o que podemos traduzir para Otimização para os Motores de Busca.
Só pelo título, já conseguimos perceber que trabalhar em SEO consiste em preparar os conteúdos para que estes alcancem melhores resultados perante os motores de pesquisa. E porque é que isso é importante?
Pense no seu comportamento enquanto utilizador da Internet. Quando pretende pesquisar algo, digamos uma loja de ferramentas na sua zona de residência. Para que resultados olha? Para os primeiros, claro! São raras as pessoas que chegam à segunda página dos resultados de uma pesquisa. Mais raras ainda as que chegam à terceira, etc.
Agora, quando não se encontra desse lado. Se não for o utilizador (potencial comprador) que está a pesquisar, mas sim uma loja de ferramentas, em que página gostaria de estar? Na quarta, ou na terceira? Não, gostaria de estar na primeira página, e especialmente nos primeiros resultados, pois daí que vem a maior parte do tráfego.
Voltando para o contexto da definição de SEO, e apesar de existirem muitas definições possíveis, podemos definir SEO com um conjunto de técnicas destinadas a melhorar a visibilidade de um website nos resultados orgânicos dos motores de busca.
E aqui sejamos sinceros, apesar de muitos profissionais de SEO preferirem enfatizar que trabalham com foco em diversos motores de busca, a verdade é que o grande alvo é, e continuará a ser, o Google. Este é de longe o motor de pesquisa mais utilizado internacionalmente e Portugal não é exceção. Ainda que não existam números sólidos, os indicadores apontam para que mais de 90% dos utilizadores nacionais façam normalmente as suas buscas através do Google, o que é demonstrativo do peso deste gigante tecnológico.
Depois da introdução, a resposta: O que é SEO?
Em termos práticos, gosto de pensar no SEO como a pedra basilar de qualquer estratégia de Marketing Digital. E porquê? Porque é este processo de otimização que permite que o nosso site alcance melhores resultados. O objetivo pode variar, mas quer queiramos mais vendas, mais leads ou maior exposição de uma determinada marca, tudo isso pode ser alcançado através de SEO.
Também é importante ressalvar, que ao melhorarmos a visibilidade do nosso website estamos a trabalhar em algo relativamente ao qual temos controlo total. O mesmo não acontece quando apostamos as nossas fichas nas redes sociais.
É cada vez mais comum ver empresas ou profissionais de várias áreas desvalorizarem os seus websites. Em Portugal, chegamos até ao extremo de ver empresas com alguma dimensão sem site próprio. Isto acontece por diversos motivos: iniciar a presença numa rede social não tem custos, requer menos conhecimento técnico e por vezes possibilita uma perceção mais rápida de sucesso.
A importância de ter um website
Porque é que todas as empresas, profissionais e qualquer pessoa que ambicione ter uma presença sólida online devem ter o seu próprio site? Vamos ver:
- Controlo total sobre o conteúdo;
- Menos exposição a interferências de terceiros. Imagine: passou anos a investir na sua conta de empresa numa determinada rede social. Tem dezenas ou centenas de seguidores e a maioria das suas vendas é oriunda dessa mesma rede social. Um dia, por qualquer razão a conta é suspensa ou encerrada. Como fica o seu negócio? Isto é algo que acontece com uma certa regularidade e que tem afetado negócios de todas as dimensões;
- Possibilidade de estabelecer um plano de marketing digital mais efetivo. Tendo o seu próprio site, pode apostar em SEO por forma a aumentar o tráfego orgânico recebido, mas também pode apostar em tráfego pago (Google Ads, Facebook Ads, etc). Pode igualmente delinear campanhas de marketing por email. Tudo isto, tendo o seu website como elemento central.
Assim, este é o primeiro ponto a reter: ao apostar em SEO está desde logo a apostar no aumento de visibilidade de algo que controla, de um bem digital que é seu. Quanto melhor for a otimização do seu site, melhor será o retorno que o mesmo irá dar.
Dica: apostar em ter um bom site próprio é um aspeto fundamental de qualquer estratégia de marketing online
O SEO é fulcral no processo de transformação digital
Neste artigo, o objetivo não passa apenas por explicar o que é SEO, mas também por demonstrar como se trabalha em SEO e qual é o impacto de uma estratégia de otimização bem delineada.
A meta não é explicar apenas um conceito, mas abrir as cortinas para o fascinante mundo da otimização de sites para os motores de pesquisa. Bom! Agora, talvez tenha soado demasiado entusiasmado, mas a verdade é que considero realmente que o SEO é uma ferramenta ainda demasiado desconhecida e desaproveitada pelas empresas e empreendedores portugueses.
Gostaria que este artigo contribuísse para mudar um pouco essa mentalidade, também por forma a ajudar a melhorar a qualidade do conteúdo online em Portugal e para contribuir para um processo de digitalização real e eficiente. A verdade é que temos organismos oficiais a falar recorrentemente sobre este processo de “digitalização”, mas falta no país conhecimento e cultura digital.
Mas mais do que dissertar, vamos avançar na nossa epopeia em busca de respostas para as suas dúvidas sobre SEO.
O que são motores de pesquisa?
Os motores de pesquisa são elementos fulcrais na forma como utilizamos a Internet. Estes sistemas são na verdade algoritmos complexos, que desempenham as seguintes tarefas:
- Rastrear e indexar conteúdo;
- Exibir os conteúdos de forma ordenada, com base nos parâmetros definidos pelos algoritmos.
De notar que, dependendo dos autores, podemos encontrar diferentes denominações para os motores de pesquisa, por exemplo: motores de busca, websites pesquisa ou claro, a designação em inglês, que é extremamente comum no contexto do SEO, “search engines”.
Como já referimos, o Google é o principal motor de pesquisa, contanto globalmente com mais de 92% de todas as pesquisas realizadas. Internacionalmente, podemos destacar também o Bing (o serviço de pesquisa da Microsoft), o Yahoo! e o gigante chinês, Baidu.
Em Portugal, é obrigatório destacar o Sapo, sigla para Servidor de Apontadores Portugueses Online, um motor de busca que se encontra online desde 1995. Inicialmente tratava-se de um projeto da Universidade de Aveiro, mas hoje a Sapo faz parte do grupo de telecomunicações Altice Portugal.
Todas estas ferramentas de pesquisa possuem diferentes parâmetros para definir o posicionamento dos conteúdos. Contudo, a meta final é a mesma: levar aos utilizadores os conteúdos que melhor se enquadram nas pesquisas realizadas.
Porque é que o posicionamento é tão importante?
Imaginemos que investe uma determinada quantia a construir um website. Depois de concluído, sente um enorme orgulho. O design ficou apelativo e acredita verdadeiramente que a sua marca/empresa/negócio está bem representada.
Contudo, o tempo passa e não há tráfego, não há contactos. Nada. Isto acontece porque possivelmente o seu site não se encontra otimizado e consequentemente não aparece nas primeiras páginas de resultados do Google.
Ainda se lembra da última vez que chegou à terceira página dos resultados de uma pesquisa no Google?
Existem diversas análises e estudos relativamente à relação entre o posicionamento nos motores de pesquisa e os cliques recebidos. Recentemente a consultora internacional Backlinko conduziu uma análise de 5 milhões de resultados de pesquisa do Google, com o objetivo de melhor compreender a taxa de cliques orgânicos. Essa pesquisa mostra-nos que:
- Os três primeiros resultados de pesquisas recebem cerca de 75.1% de todos os cliques;
- Somente 0,78% dos utilizadores clicam numa ligação na página 2, ou posterior.

Estes números são esmagadores e demonstram bem, por que razão é importante apostar em otimizar o seu website, em busca do melhor posicionamento possível.
Quais são os fatores de maior importância para se alcançar um bom posicionamento SEO
É impressionante, mas sempre que pressionamos o botão “Google Search” e aguardamos aquele ínfimo intervalo de tempo (normalmente entre 0.35 e 0.50 segundos) até termos os resultados, estamos a ativar um mecanismo de pesquisa que verifica mais de 200 parâmetros, por forma a determinar quais são os resultados que melhor respondem à pesquisa do utilizador.
Não se preocupe, não vamos detalhar esses 200 parâmetros e deixaremos isso para outro artigo. Afinal, o que se pretende agora é que compreenda melhor o que é SEO e como pode tirar melhor partido de uma estratégia de otimização.
Os três principais parâmetros para o posicionamento
De entre todos os parâmetros utilizados para definir o posicionamento das páginas nos resultados de busca, destaco:
- Conteúdo – “O conteúdo é rei”, é uma das frases mais recorrentes quando falamos de SEO. Sim, é verdade que o conteúdo é de grande importância, ainda que esteja longe de ser o único aspeto a ter em conta. Os motores de busca verificam se o conteúdo de uma determinada página é relevante para a pesquisa realizada. Aqui entra em cena a preponderância das palavras-chave, mas é preciso ter em consideração que conteúdo de qualidade é muito mais do que atirar keywords para o para o texto.
- Experiência do utilizador – Os motores de busca não existem para levar os utilizadores até a um determinado website. A função dos mesmos é “oferecer” aos utilizadores aquilo que procuram, daí a experiência de utilização ser também um fator de grande importância. Indicadores como a taxa de rejeição, número de páginas visualizadas por visita e tempo de permanência no site, permitem avaliar qual é o grau de satisfação dos utilizadores.
- Autoridade do site ou página – O Google quantifica o grau de popularidade de uma página analisando diversos fatores off page (já vamos ver isto em detalhe mais à frente). Esses fatores incluem aspetos como: quantidade e diversidade de backlinks, menções, sinais sociais e pesquisas diretas.
Como já abordámos superficialmente, podemos segmentar o SEO em dois grandes campos de trabalho: SEO On Page e SEO Off Page.
SEO On Page
O SEO On Page é aquele relativamente ao qual temos mais controlo, como o próprio nome indica, envolve a otimização que podemos realizar “na página”.
Para que tenhamos uma boa estratégia de SEO On Page devemos garantir que apresentamos conteúdo de qualidade, devidamente enquadrado com as palavras-chave que estamos a trabalhar. Não se trata de carregar uma página com as palavras-chave que pretendemos trabalhar (técnica conhecida como keyword stuffing), mas sim de fazer um enquadramento correto no tópico. O objetivo final deve ser sempre levar conteúdo de qualidade ao leitor.
Além do conteúdo, o SEO On Page também inclui aquilo que chamamos de SEO técnico, onde se entram aspetos como:
- Tempo de carregamento da página;
- Acessibilidade para os web crawlers (temos que garantir que os motores de busca conseguem indexar corretamente o conteúdo do website);
- Facilidade de navegação. Uma experiência de utilizador agradável é essencial para a boa performance de um website. A arquitetura do site deve ser compreensível e os conteúdos devem ser fáceis de encontrar;
- Utilizar os cabeçalhos de forma racional e organizada (H1, H2 e H3);
- Meta data. Dar importância ao dados meta: title and meta description;
- Verificar os links internos e evitar links quebrados.
SEO Off Page
Entramos agora no capítulo do SEO Off Page, ou seja a otimização que acontece fora da página. É aqui que entra o linkbuilding (construção de links), que na prática funciona como um sistema de recomendação.
Explicando de uma forma muito simples: quando diversos outros sites ligam para o seu, o Google reconhece valor nessas partilhas. Para que essas ligações para o seu site tenham valor, é necessário que elas sejam relevantes e de confiança. No contexto de SEO, chamamos a estas ligações de backlinks. O processo de construção de uma rede de backlinks é designado linbkuilding.
O linkbuilding é bastante mais complexo do que pode parecer inicialmente. Optar pelo caminho rápido do spam já não resulta, e conduz a penalizações. Por essa razão, é necessária bastante cautela antes de se começar qualquer ação desse tipo.
Contudo, a verdade é que também não podemos ignorar a importância do SEO off page. De acordo com um estudo do Moz (uma das plataformas de referência no universo SEO), os fatores de SEO off page possuem um peso superior a 50% no posicionamento de uma página no Google.

O que não deve fazer em SEO? Erros a evitar
Quando chegar o momento de contratar uma empresa de SEO, deve estar desde logo ciente de que algumas práticas são mais prejudiciais do que benéficas. Ao conhecer os erros mais comuns em SEO estará em melhores condições para decidir se a estratégia que lhe estão a propor é realmente adequada. Estes são os erros mais comuns e de maior impacto em SEO:
Optar pelas palavras-chave erradas
A escolha das palavras-chave de um projeto é o início de todo o processo de SEO. Se falharmos neste ponto, então toda a estratégia de otimização irá falhar. Para escolher corretamente as palavras-chave a trabalhar é preciso conhecer: os objetivos, o público-alvo e as métricas associadas.
Muitas vezes existe uma grande tentação de se otimizar com foco nas palavras-chave com mais volume de pesquisas, que são quase sempre as palavras-chave mais abrangentes. A verdade é que quer os utilizadores (e por consequência, os motores de pesquisa), preferem palavras-chave mais específicas, e que respondem de forma mais direta às suas questões. Este tipo de palavras-chave mais longas são designadas por “long tail keywords”.
Um exemplo prático muito simples: Imagine que acabou de inaugurar um restaurante tailandês em Lisboa e pretende otimizar o seu website. Como o número de pesquisas para a palavra-chave “restaurante em Lisboa” é fantástico, foca a sua atenção nessa keyword. O que vai acontecer?
Como a palavra-chave é demasiado abrangente e a concorrência é grande, terá muitas dificuldades em alcançar um bom posicionamento.
O ideal seria trabalhar em algo mais específico como “restaurante tailandês em Lisboa”, que não só vai responder de forma mais adequada à pesquisa, mas também irá proporcionar resultados bastante mais satisfatórios.
Cair na tentação do keyword stuffing
Como já vimos um pouco atrás no texto, keyword stuffing é a (má) prática de encher uma página com uma determinada palavra-chave. Podemos continuar com o exemplo anterior. Então, se eu pretendo otimizar o meu website para “restaurante tailandês em Lisboa”, devo encher o meu website com essa palavra-chave? Errado!
Essa era uma prática muito utilizada em estratégias de SEO do passado. E na verdade, ainda há quem as utilize e promova. Mas ao longo dos anos, e com o lançamento de vários updates dos seus algoritmos, o Google tem vindo a combater essa prática, que hoje é considerada spam.
Copiar conteúdo
Criar conteúdo de qualidade dá muito trabalho e requer tempo, investigação e conhecimento. Por essa razão, muitas pessoas cedem à tentação de copiar conteúdo para o seu próprio website.
Felizmente, hoje em dia, os motores de pesquisa penalizam tudo o que é conteúdo duplicado e por essa razão, incorrer nesta prática não irá trazer nenhum benefício.
Precisa de um consultor SEO?
Agora que já leu bastante sobre o que é SEO, ficou com vontade de avançar e de começar a otimizar o seu website? Contacte-nos e deixe-nos ver como podemos ajudar.